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  • Camila Miranda

O que é e quais são os tipos de revisão de texto?

Sabe aquelas coisas que a gente acha que sabe, mas na verdade não sabe? Então… Muita gente pensa que revisão textual é só sobre corrigir erros de português (ou do idioma que for). Mas senta aqui que a tia Mila vai te contar um segredo: existem vários tipos de revisão de texto.

E tem mais, viu? Em geral, cada texto pede um conjunto específico de revisões. Além disso, qualquer tipo de conteúdo escrito é passível de ser revisado — e é raro não ter o que corrigir ou ajustar! Como diz Regina Rouca:


Meme: Regina Rouca dizendo “se liga, hein”.
Meme: Regina Rouca dizendo “se liga, hein”.

Fica comigo que vou te explicar tudo direitinho! Mas, se quiser conferir logo um tipo específico, aqui vão os links (de nada):


O que é revisão de texto?

A revisão de texto é aquele processo de análise e edição de um conteúdo escrito, na intenção de alcançar um objetivo. Em geral, é um processo meticuloso, que melhora a qualidade do texto e corrige erros. Afinal, errar é humano; mas permanecer no erro é no mínimo desnecessário, né?


8 tipos de revisão de texto

A revisão de textos é multifacetada e cheia de nuances. Um bom revisor ou revisora dificilmente vai se limitar a um tipo de revisão no mesmo conteúdo.

Um conjunto grande de variantes entra em cena nesse processo que chega a ser arte: o de transformar e refinar seu texto sem abrir mão da mensagem original.

Quer ficar por dentro desse rolê? Aqui vai uma lista com 8 tipos de revisão de texto e as características de cada um!


1. Revisão gramatical e ortográfica

Ortografia é, basicamente, sobre escrever certo. Então, a correção ortográfica vem para demolir cazas com Z e corrigir acentuação, pontuação e coisas do tipo.

A gramática tem pontos em comum com a ortografia, e as duas são complementares. Mas a diferença entre gramática e ortografia está, basicamente, no fato de a gramática ser mais ampla e complexa — afinal, ela é sobre tooooda a estrutura da língua, não só sobre uma escrita certinha.

A revisão gramatical identifica e corrige problemas ligados à estrutura da língua (portanto, gramaticais). Isso envolve:

  • regência e concordância nominal;

  • regência e concordância verbal;

  • colocação pronominal.

Ela garante que seu conteúdo escrito esteja claro, correto e coeso do ponto de vista gramatical.

Dica: a ideia de coesão, muitas vezes, não é tão ligada à gramática. Mas podemos falar em coesão gramatical quando falamos de conectivos.


2. Revisão de conteúdo

Muitas vezes, você precisa checar se as informações que usou realmente procedem e são pertinentes. É aí que essa abordagem entra: o grande objetivo dela é garantir precisão, consistência e qualidade pro seu conteúdo.

Ela blinda seu texto com aquela verificação topperson para não ter nenhum errinho conceitual, por exemplo. Ela também serve para garantir que as informações estejam relevantes e atualizadas. Então, pode ser uma boa para evitar que um material se torne obsoleto, por exemplo.


3. Revisão técnica

Esta é a prima rica e sofisticada da revisão de conteúdo. É ela quem garante a qualidade, adequação e clareza de textos voltados para áreas muito específicas de conhecimento.

A verificação rigorosa dessa modalidade tem muito a ver com o uso certeiro de termos técnicos e específicos. Então, ela precisa de conhecimento do campo de conhecimento do texto e, muitas vezes, da consulta de dicionários especializados, glossários e outras fontes de peso.

Termos técnicos são expressões precisas, com definições rigorosas nas áreas a que pertencem. Para entender esses termos, você precisa ser um profissional do ramo ou, pelo menos, ter um conhecimento prévio razoável. Exemplos incluem:

  • “diagnóstico diferencial” (na Medicina);

  • “análise de variância” (na Estatística).

Já os termos específicos se referem a algo particular dentro de determinada área de interesse ou contexto. Diferentemente dos termos técnicos, os específicos podem ter significados mais amplos e variáveis, e não precisa ser nenhum especialista para entender. Mas a identidade deles está no contexto. Por exemplo:

  • “ferramenta”, em um manual de instruções;

  • “jogador”, em um contexto esportivo.

Curiosidade: Se você pensou em jargão, não errou. O jargão, nesse caso, seria um conjunto de termos técnicos e específicos usados por um grupo ou categoria (geralmente de profissionais) como uma linguagem particular. É o que chamam de socioleto.


4. Revisão de tradução

A revisão de tradução visa garantir tando a fidelidade do texto traduzido em relação à mensagem original como a qualidade da comunicação intercultural.

Ou seja: o desafio (que eu acho divertidíssimo) é fazer com que a versão traduzida tenha a mesma essência, mas sem ser uma simples substituição de palavras. A ideia é adaptar o conteúdo para conversar melhor com quem vai ler, mas comparando com o original várias vezes.

O nível de adaptação depende muito do objetivo. Por exemplo, na tradução de documentos, é de bom-tom deixar a criatividade de lado, né? Mas, se a demanda tiver uma pegada mais marqueteira, é super válido colocar um tempero especial.


Meme: chef caricato colocando sal na comida (conhecido como Salt Bae).
Meme: chef caricato colocando sal na comida (conhecido como Salt Bae).

5. Revisão de normas e padrões

Eis que adentramos a seara das formalidades e regras. Essa modalidade é praticamente uma policial textual, garantindo que o conteúdo se encaixe direitinho na forma de uma instituição ou organização.

Um ponto importante, em alguns casos, são os padrões de estilo. Não, não é sobre moda — ou talvez seja, porque é sobre garantir aquele alinhamento entre a roupagem do texto e a ocasião. Esses padrões podem incluir diretrizes sobre a linguagem formal, a escolha de palavras, o uso de abreviações, entre outros aspectos.

Também existe a revisão que encaixa o conteúdo em certos moldes de formatação, a exemplo das normas ABNT. É o que alguns chamam de revisão ABNT — e que eu chamo de formatação ABNT, para evitar confusão.


6. Revisão SEO

SEO significa Search Engine Optimization, ou Otimização para Motores de Busca. Basicamente, a revisão SEO ajusta seu conteúdo digital para que o Google e outros mecanismos de busca entendam tudinho e indiquem para quem pesquisar sobre aquele tema.

Essa abordagem envolve a otimização de vários elementos do texto, incluindo:

  • título SEO e título principal (H1);

  • meta descrição;

  • intertítulos (H2, H3 e H4);

  • URL;

  • uso estratégico e natural de palavras-chave;

  • estrutura do conteúdo.

Além disso, ela pode deixar o conteúdo fácil de ler e navegar, com parágrafos curtos, intertítulos claros e linguagem simples e direta.

Outro ponto importante é a otimização de imagens. Isso envolve a inclusão de texto alternativo nas imagens, descrevendo o que a imagem mostra. O famoso alt text é importante para os motores de busca — afinal, eles não conseguem “ver” as imagens, mas conseguem ler o texto alternativo.

A revisão SEO também leva em conta o uso de links internos e externos. Os links internos são aqueles que levam a outras páginas do mesmo site, enquanto os externos levam para outros sites. Os dois tipos são importantes pros motores de busca, já que ajudam a entender a estrutura e a relevância do seu site.


Meme: Joey Tribiani (friends) apontando para a cabeça.
Meme: Joey (friends) gesticulando como quem teve um insight.

7. Revisão estratégica

Aqui, temos um processo de análise de texto que foca no impacto geral e em como ele atinge certos objetivos. Ela envolve a consideração de várias dimensões do texto, como:

  • Eficácia: inclui clareza (transmissão concisa e compreensível), fluidez (leitura agradável e estilo adequado ao público) e impacto (texto que capta atenção e motiva a ação);

  • Persuasão: presença de argumentos convincentes e bem fundamentados, além da capacidade que o texto tem de apelar para as emoções do leitor de forma construtiva;

  • Originalidade: apresentação de ideias autênticas, uso de recursos criativos e diferenciação do conteúdo em relação a outros sobre o mesmo assunto;

  • Consistência: alinhamento do texto com a identidade da marca e coerência nas informações, eliminando qualquer contradição;

  • Adequação ao público-alvo: garantia de que o texto seja compreensível e acessível para quem vai ler, com tudo ajustado ao nível de conhecimento, entendimento e aos interesses do público-alvo.

8. Revisão sensível

A leitura sensível consiste em ficar de olho em qualquer representação inadequada ou ofensiva de grupos marginalizados. E nem preciso dizer a importância disso nos conteúdos de hoje, né?

A revisão sensível fareja e elimina preconceitos, estereótipos ou linguagem ofensiva que possam ter se infiltrado no texto.

Esse processo de investigação é feito a partir de uma perspectiva de inclusão e diversidade, para garantir que todas as pessoas sintam-se respeitadas e acolhidas. Quando os termos ou frases problemáticas aparecem, eles são substituídos por alternativas mais neutras.

Exemplo:

  1. Frase original: “Os alunos estão animados com a viagem.”;

  2. Frase revisada: “A turma está animada com a viagem.” (gênero neutralizado com a substituição por um termo mais abrangente).

Conclusão

A revisão textual é uma etapa fundamental para garantir a qualidade de qualquer tipo de texto. Ela consiste em um processo meticuloso de análise e edição, visando corrigir erros, aprimorar a clareza, a coesão e o estilo do texto, entre otras cositas más.

Agora que você entende bem melhor os tipos de revisão de texto, vale o lembrete: eles não são excludentes! Na verdade, um combo é quase sempre bem-vindo.


Agora conta: o que você aprendeu de novo por aqui? Quer perguntar sobre outros tipos de revisão de texto? Deixa um comentário que eu te respondo!



Jogo rápido: perguntas frequentes (ou pertinentes)


1. Revisão textual serve só para ortografia e regras gramaticais?

Definitivamente não! O papel dos revisores e revisoras é muito mais amplo — como os tipos de revisão de texto listados aqui no artigo deixam bem claro. No fim das contas, a revisão serve para basicamente qualquer objetivo que você queira alcançar por meio da escrita.

2. Quais são os principais tipos de revisão de texto?

É difícil definir os principais tipos — até porque não existe uma classificação universal dos tipos de revisão de texto. Mas alguns exemplos notáveis são as revisões: gramaticais e ortográficas; de conteúdo; técnicas; de tradução; e estratégicas. A leitura sensível também tem ganhado destaque.

3. Qual a diferença entre revisão técnica e revisão acadêmica?

A abordagem técnica foca em terminologias e conceitos específicos de uma área. Às vezes, ela pode ser aplicada a um trabalho acadêmico ou artigo científico. O termo “revisão acadêmica” também é usado para a formatação ABNT, APA e outras. Além disso, pode se referir aos padrões formais da escrita científica.

4. Em que parte da escrita entra a revisão textual?

Revisar seu texto várias vezes, em diferentes momentos do processo de escrita, tem seu valor. Mas o que merece destaque é a revisão final. Ela serve para deixar o conteúdo no ponto — até porque sempre existe a chance de cometer erros a cada edição que você faz.

5. Precisa contratar um(a) profissional de revisão de texto?

Basicamente, ninguém tem obrigação de contratar uma revisora ou revisor de texto! Mas não tem como negar: um bom profissional põe o conteúdo lá em cima — principalmente para textos complexos, ou quando você quer múltiplos tipos de revisão de texto. Sem falar que poupa tempo, né?

2 Comments


Ian Santos
Ian Santos
Feb 28

Amei os memes 😂😂😂😂 Tu arrasa, Mila!

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Camila Miranda
Camila Miranda
Mar 01
Replying to

Estou aqui para servir conhecimento E MEMES 😁💙

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